Treinadora mental de atleta, criadora do Programa Atleta Inabalável, criadora do método 3S - Alto Rendimento Sustentado (Self Sustained Sufficiency). Ajuda profissionais e atletas a obterem resultados através do fortalecimento mental.
Saúde Mental do Atleta de Alto Rendimento
A saúde mental do atleta é fundamental para manter o alto desempenho.
Nas Olimpiadas de Tokio pudemos ver que a saúde mental do atleta é um assunto importante para todos os atletas de todos os esportes. Questões recente apresentadas nas competições olímpicas não só nos trazem um alerta em relação a quadros depressivos e de ansiedade em atletas mas também nos mostra o quanto é importante trabalhar a mente a parte cognitiva e também comportamental desses atletas.
O mundo todo pode ver quando a atleta estadunidense
Simone Biles, considerada uma das maiores ginastas de todos os tempos, anunciou que não iria disputar algumas provas em que era a grande favorita nas Olimpíadas de Tóquio, alegando que precisava cuidar de sua saúde mental, e então, começamos a perceber o tamanho da sobrecarga mental que os atletas enfrentam.
A norte-americana relatou ter tomado a decisão de modo a preservar sua saúde mental, evitando, assim, danos à sua integridade física. Em uma competição em que são grandes os riscos de quedas, é preciso mais que um bom preparo físico. “Minha mente e meu corpo simplesmente estão fora de sincronia. Não acho que vocês entendam quão perigoso isso é nas superfícies de competições duras.
Eu não preciso explicar por que coloquei a saúde em primeiro lugar", publicou a ginasta em suas redes sociais.
Como sempre digo, todos nós possuímos uma espécie de “termômetro emocional interno” e quando essa temperatura emocional está desregulada, e permanece assim por algum período, começamos a ter impactos na vida familiar, tarefas diárias e performance. Quando esse limite é superado, já é o momento de procurar ajuda, mas também é importante ter essa ajuda antes mesmo de ter sintomas sérios para evitar que ocorra situações como com a ginasta. Ela esperou e se preparou muito para participar e não se sentiu bem suficiente.
Como identificar os primeiros sinais
- medo frequente de competir
- ansiedade em excesso
- diminuição de performance nos treinos
- Dificuldade para dormir bem
- Mudança na quantidade de comida ingerida (pode aumentar ou diminuir muito)
- Pensamentos catastróficos frequentes
- falta de confiança
Estudo publicado em 2016 no periódico Frontiers in Psychology aponta que a prevalência de depressão costuma ser maior em atletas que praticam esportes individuais do que naqueles que disputam competições em equipe. Outra análise, publicada em 2018 pelo European Journal of Sport Science, após acompanhamento pelo período de um ano de atletas de elite, indicou que transtornos de saúde mental ocorreram em 5% a 35% destes esportistas.
Alguns sinais e sintomas que podem indicar o acometimento da depressão
Quando Simone Biles explicitou o descompasso de sua mente com seu corpo durante a disputa dos Jogos Olímpicos, a ginasta trouxe à tona outro sinal indicativo de transtorno mental: a dificuldade na capacidade de concentração. Isso ocorre porque o estado de ansiedade e a tristeza podem alterar as funções executivas do cérebro, o que inclui o gerenciamento do dia a dia. Isto pode acarretar em dificuldade na manutenção da atenção e da concentração em algum afazer, por mais simples que seja, e agrava em atividades mais complexas como as competições que os atletas participam.
Já ansiedade, por sua vez, mantém um estado de alerta que prejudica a capacidade do cérebro em manter o foco, já que há um senso de perigo, ainda que difuso, que desvia as capacidades de foco para o estado de alerta, o atleta diminui as capacidades do Córtex pré frontal pelo estado de alerta e tem mais dificuldade de estar focado.
Mas a ginasta Simone Biles não é o único exemplo que temos, o holandês Tom Dumoulin considerado um dos melhores ciclistas do mundo, também tirou um período sabático para “esfriar a cabeça” – palavras dele em pleno ano olímpico, em sequencia em Tóquio levou medalha de prata.
Todo atleta deve treinar e cuidar da sua parte mental assim como faz com a sua parte física, afinal, em momentos de competição é ela que garante 90% da performance.
Ainda nos dias de hoje, muitos fogem e adiam a iniciativa de procurar ajuda profissional por preconceito ou, ainda, pela naturalização do sofrimento. Ficam suportando uma temperatura do termômetro emocional por anos e anos para não demonstrar fragilidade, isso não é e não precisa ser assim. Você deve experimentar a sua performance máxima com o auxílio da sua mente, e isso é gratificante além de merecido.
Neste sentido, é sintomática a campanha recentemente criada pela Fifa, batizada de
#ReachOut (“estenda a mão”, em tradução livre), desenvolvida para aumentar a conscientização sobre os sintomas dos problemas de saúde mental, de modo a incentivar os atletas para que procurem ajuda especializada quando necessária.
VAMOS OBSERVAR OS SINAIS
Como sempre digo, em relação a saúde mental de um atleta um grama de prevenção vale mais que um quilo de tratamento.
Se você é um atleta e está buscando melhorar o seu comportamento em jogo ou manter a calma para desempenhar todo o seu potencial.
Conheça o meu programa mental -
Atleta Inabalável
Vou ajudar você a treinar o seu cérebro com novos estímulos e experiências, melhorando seu foco no jogo, sua confiança no treinamento físico, na velocidade de tomada de decisão e o principal, vou deixar sua mente inabalável durante a partida.
Tenho certeza que sua performance irá melhorar radicalmente, e isso é só o começo.
Durante o programa Atleta Inabalável vou lhe passar de uma a duas atividades mentais para que seu cérebro entre em territórios inexplorados e seja forçado a criar novas conexões.
Grande abraço!
Até o próximo artigo!