Eu não sei se isso já aconteceu com você, de repente se percebe em uma reunião interminável, onde assuntos e mais assuntos são discutidos ou, quando os participantes insistem em dar suas opiniões e acabam discursando por vários minutos seguidos, sem necessariamente ter aquela velha estratégia linear do discurso com ‘começo-meio-fim”.

O fato é que, talvez, com a pandemia e a evitação dos contatos sociais, o círculo de contato das pessoas ficou cada vez mais restrito. E em vários casos, é apenas no trabalho a oportunidade que aquela pessoa tem de se expressar.

Isso pode não ser consciente, claro. A pessoa começa a falar e não para mais e nem percebe.  E você pode vivenciar isso dos dois lados: sendo a pessoa que fala muito, ou, sendo a pessoa que escuta muito. Também você pode ser o líder/ gestor da reunião de uma equipe prolixa ou você pode ser um integrante de uma equipe que tem um chefe/ gestor prolixo. Qual seu caso?

Sei que em muitos casos pode ser complicado dar um feedback de baixo para cima, principalmente porque é raro termos um treinamento adequado, gentil e amoroso sobre como dar e também receber feedbacks saudáveis e produtivos dentro do mundo corporativo.

Mas então, como lidar com pessoas prolixas, independente de quem elas são na linha hierárquica?

Antes de tudo, se você consegue identificar a desorganização verbal e ainda assim, está conseguindo ser produtivo, sem grandes estresses maiores, parabéns! Mas, pode ser que não seja o caso... Acaba sendo muito desgastante trabalhar em um ambiente onde a falta de foco caminha lado a lado com as cobranças e pressões.

Por isso, meu amigo, minha amiga, te trago aqui talvez uma ação que seja, infelizmente, um pouco desagradável, mas ao mesmo tempo libertadora. Olha só, sem apontamentos e julgamentos. Se você simplesmente fala para seu colega, superior ou subordinado “você é prolixo’ em nada ajuda. Talvez você alivie seu ego e talvez você se sinta um pouco satisfeito/a de ter dado um belo toque para aquela pessoa, mas de verdade, se a pessoa realmente sofre com a desorganização interna, apenas com isso ela não vai conseguir efetivamente melhorar. E como quem está lendo esse texto é você, a minha ideia aqui é fazer você ter bons resultados e se sentir produtivo/a mesmo trabalhando com pessoas prolixas. Pode ser?

Então, apenas falar pode ser um tiro no pé. Pode gerar um desgaste na equipe, um mal estar pela interpretação, ou sei lá mais o quê.

Agora vem aquela parte que você vai precisar agir, sabe?

Se você consegue identificar pessoas prolixas, cabe a você se ajudar para trabalhar com elas. Pronto. Essa é a parte libertadora. Você organiza, coloca as opções, pontua e, assim, facilita o diálogo e se ajuda. Você torna-se responsável por essa organização, para assim, ter um trabalho mais saudável e produtivo para você.

Como assim?

Veja alguns exemplos:

“Chefe, preciso muito falar com você dos pontos A, B e C. Mas eu tenho aquelas outras demandas para resolver, D, E e F. Então, tudo bem falarmos apenas x minutos hoje e amanhã continuamos? Se você preferir falarmos hoje direto, as demandas D, E e F terão os prazos alterados. Minha sugestão pararmos aqui e retomarmos amanhã à tarde, tudo bem?”

Espero que você tenha gostado do artigo, se ficou com dúvida deixe um comentário abaixo!

Grande abraço!

Até o próximo artigo!