Doenças Autoimunes: O que a ciência sabe até agora?

Jack Crozara • June 30, 2021

As doenças autoimunes acontecem quando as células de defesa atacam o próprio corpo

O corpo perde a capacidade de reconhecer o que é próprio do corpo do que não é próprio do corpo. 


Isso pode acontecer pelos seguintes fatores:


  1. Genético: aumentam as possibilidades, mas não é um fator determinante;
  2. Baixa vitamina D: pode ser pelo baixo consumo, baixa exposição ao sol, uso de corticoides;
  3. Infecções (circulação sanguínea, mucosa, intestino): podem gerar pedaços proteicos parecidos com os do próprio corpo;
  4. Lácteos: traz permeabilidade intestinal (albumina, caseína, beta-lactoglobulina;
  5. Poluentes ambientais: tabaco, mercúrio (amalgamas), pesticidas, silicone (próteses), estrógenos (anticoncepcional, dos animais).

Doenças Autoimunes: como e quando acontece?

O corpo é todo formado por proteína (junção de aminoácidos), assim como os vírus e as bactérias. Quando há uma infecção viral ou bacteriana ou consumo de algum alimento alergênico o sistema imunológico entra em ação para combater. E esses possuem trechos de proteínas iguais às do nosso corpo, ou seja, o corpo combate o agressor e os demais trechos de proteínas próprio nosso. Assim há uma maior chance de desenvolver uma doença autoimune. Por exemplo, a bactéria Escherichia coli tem trechos de proteínas parecidos com os da bainha de mielina (camada de proteção dos neurônios), que quando destruída leva a esclerose múltipla.


Uma outra forma de desencadear uma doença autoimune é pela entrada de antígenos não digeridos, vindo dos alimentos, através da permeabilidade do intestino. Essa permeabilidade pode ser causada pelo consumo de corticoides, antibióticos, anti-inflamatórios, glúten, lácteos, alergias alimentares, estresse, má nutrição. Esses antígenos não digeridos possuem trechos de proteínas parecidos com de alguma parte do nosso corpo, as células de defesa do nosso corpo atacam eles e depois continuam a atacar o nosso próprio.


Essa permeabilidade pode ser vista em um exame de urina onde se mede a quantidade de lactulose e de manitol. Quanto mais lactulose maior a permeabilidade do intestino, quanto menos manitol, menor a absorção pelas células intestinais.


  • A presença de uma doença autoimune aumenta a chance de ter outra doença autoimune.
  • Se desenvolve uma doença autoimune pela presença de alguma alteração genética, mas para que essa genética seja ativada é preciso algum gatilho para proporcionar esse desenvolvimento.


Doenças Autoimunes: Como identificar?

TIREOIDITE DE HASHIMOTO

  • É uma doença autoimune caracterizada pela inflamação do órgão da tireoide.
  • Seu curso crônico leva ao hipotireoidismo.
  • As mulheres têm 10 vezes mais chance de desenvolver a tireoidite do que os homens.
  • Até 2006 a prevalência era em mulheres acima dos 70 anos, hoje esse quadro tem mudado significativamente.


Os vírus da Hepatite C, Coksakie B e as bactérias H. pilory, Yersinia enterocolítica possuem trechos de proteínas parecidos com os da tireoide. Então a presença de um deles no corpo pode aumentar as chances de desenvolver a tireoidite de Hashimoto. A presença de toxinas ambientais também aumenta a chance de desenvolver essa doença.


Manter os níveis de: iodo, vitamina B2, magnésio, selênio garantem uma maior proteção ao órgão da tireoide.


A presença dos anticorpos para TSH: anti tireoglobulina e anti TPO mostram não só a destruição do TSH, mas sim do órgão como um todo.


Os exames servem para o médico diagnosticar a doença, porém o tratamento deve ir na causa, para que alterações sejam de fato restauradas.


As alterações nos anticorpos TPO e Tireoglobulina, aumento de prolactina e baixo cortisol já indicam tireoidite de Hashimoto. E quando os níveis hormonais estão assim: TSH aumentado e T4, T3 normais OU TSH aumentado e T4, T3 baixos OU TSH, T4 e T3 normais, já indica um hipotireoidismo subclínico. Metade ou 75% dos que tem anticorpos positivos tem a função grandular normal; 25 a 50% tem hipotireoidismo subclínico; Somente 5 a 10% tem hipotireoidismo clínico instalado.


Exames solicitados para acompanhamento:

  • Anti TPO e anti tireoglobulina
  • TSH, T4 e T3
  • Prolactina
  • Cortisol
  • Coprológico funcional
  • Teste urinário para permeabilidade de lactulol e manitol
  • Hipersensibilidade alimentar IgG
  • Vitamina D3
  • Retinol
  • Hemoglobina e ferritina
  • Zinco
  • Selênio
  • Tireoglobulina
  • Excreção urinária de Iodo
  • Metais tóxicos
  • Cobre
  • Manganês
  • Paratormônio
  • Cálcio iônico
  • Magnésio
  • Relação cálcio e creatinina urinários
  • Vitamina B12 e B9
  • Homocisteína
  • pH urinário
Doenças Autoimunes: Como tratar?

Após observado os exames, vamos para o possível tratamento:


- Em 90 a 95% dos casos pode atuar mexendo nas causas, nas bases:

Ø  Retirada de metal tóxico, agrotóxicos; alergias alimentares; disbiose intestinal.


Manter níveis ótimos de:

Ø  Minerais: Selênio; Zinco; Ferro; Iodo; Magnésio

Ø  Vitaminas: Vitamina A; Vitamina C; Vitamina B2

Ø  Aminoácidos: Tirosina; Arginina; Glutamina; Triptofano

Ø  Antioxidantes

Ø  Ômega 3

Além de:

Ø  Dieta alcalinizante

Ø  Hipoalergênica


Transformando tudo isso em alimentos:

Ø  Oleaginosas: castanha do Brasil; amêndoas

Ø  Proteína animal: carne bovina; sardinha; alimentos de origem marinha; ovos

Ø  Sementes: linhaça; chia; de abóbora; gergelim; girassol

Ø  Vegetais: verdes escuros; quiabo; abacate; caju; banana; uva; laranja; mamão; abóbora; ora-pro-nobis; cenoura; batata-doce; manga; melão; caqui; acerola; limão; morango; brócolis; couve; tomate

Ø  cereais integrais; leguminosas

Ø  Gorduras: manteiga; óleo de peixe

Ø  Antioxidantes: frutas vermelhas; gengibre; vitamina C; cúrcuma; salvia; azeite de oliva; alho; coentro; alcachofra (remove metais pesados); própolis

Ø  Chás: cavalinha, espinheira santa, hortelã, folha de oliveira, erva doce, romã, alecrim, dente de leão


O que evitar:

  • chá verde (pela quantidade de flúor-compete com iodo);
  • Sucralose (cloro);
  • Soja;
  • Glúten;
  • Lácteos;
  • Dente de amálgama e tatuagem vermelha (tinta com mercúrio);
  • Gorduras inflamatórias (saturada em excesso e trans);
  • Gordura hidrogenada.



- Cuidar para manejar o estresse, trazendo a homeostase pro corpo.


- Emocional: dificuldade em lidar com minha vida - escolhe se destruir. Destruo a garganta, fico com dificuldade de falar – engolir sapo.



Jack Crozara

Jack Crozara

NUTRICIONISTA: Minha missão é te ajudar a ter uma relação mais saudável com você e com a alimentação. Atuo como nutricionista, com uma abordagem em nutrição terapêutica, aliando mente, emoções e corpo para um resultado mais eficaz e duradouro.


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