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Doenças Autoimunes: O que a ciência sabe até agora?
As
doenças autoimunes acontecem quando as células de defesa atacam o próprio corpo
O corpo perde a capacidade de reconhecer o que é próprio do corpo do que não é próprio do corpo.
Isso pode acontecer pelos seguintes fatores:
- Genético: aumentam as possibilidades, mas não é um fator determinante;
- Baixa vitamina D: pode ser pelo baixo consumo, baixa exposição ao sol, uso de corticoides;
- Infecções (circulação sanguínea, mucosa, intestino): podem gerar pedaços proteicos parecidos com os do próprio corpo;
- Lácteos: traz permeabilidade intestinal (albumina, caseína, beta-lactoglobulina;
- Poluentes ambientais: tabaco, mercúrio (amalgamas), pesticidas, silicone (próteses), estrógenos (anticoncepcional, dos animais).
O corpo é todo formado por proteína (junção de aminoácidos), assim como os vírus e as bactérias. Quando há uma infecção viral ou bacteriana ou consumo de algum alimento alergênico o sistema imunológico entra em ação para combater. E esses possuem trechos de proteínas iguais às do nosso corpo, ou seja, o corpo combate o agressor e os demais trechos de proteínas próprio nosso. Assim há uma maior chance de desenvolver uma doença autoimune. Por exemplo, a bactéria Escherichia coli tem trechos de proteínas parecidos com os da bainha de mielina (camada de proteção dos neurônios), que quando destruída leva a esclerose múltipla.
Uma outra forma de desencadear uma doença autoimune é pela entrada de antígenos não digeridos, vindo dos alimentos, através da permeabilidade do intestino. Essa permeabilidade pode ser causada pelo consumo de corticoides, antibióticos, anti-inflamatórios, glúten, lácteos, alergias alimentares, estresse, má nutrição. Esses antígenos não digeridos possuem trechos de proteínas parecidos com de alguma parte do nosso corpo, as células de defesa do nosso corpo atacam eles e depois continuam a atacar o nosso próprio.
Essa permeabilidade pode ser vista em um exame de urina onde se mede a quantidade de lactulose e de manitol. Quanto mais lactulose maior a permeabilidade do intestino, quanto menos manitol, menor a absorção pelas células intestinais.
- A presença de uma doença autoimune aumenta a chance de ter outra doença autoimune.
- Se desenvolve uma doença autoimune pela presença de alguma alteração genética, mas para que essa genética seja ativada é preciso algum gatilho para proporcionar esse desenvolvimento.
TIREOIDITE DE HASHIMOTO
- É uma doença autoimune caracterizada pela inflamação do órgão da tireoide.
- Seu curso crônico leva ao hipotireoidismo.
- As mulheres têm 10 vezes mais chance de desenvolver a tireoidite do que os homens.
- Até 2006 a prevalência era em mulheres acima dos 70 anos, hoje esse quadro tem mudado significativamente.
Os vírus da Hepatite C, Coksakie B e as bactérias H. pilory, Yersinia enterocolítica possuem trechos de proteínas parecidos com os da tireoide. Então a presença de um deles no corpo pode aumentar as chances de desenvolver a tireoidite de Hashimoto. A presença de toxinas ambientais também aumenta a chance de desenvolver essa doença.
Manter os níveis de: iodo, vitamina B2, magnésio, selênio garantem uma maior proteção ao órgão da tireoide.
A presença dos anticorpos para TSH: anti tireoglobulina e anti TPO mostram não só a destruição do TSH, mas sim do órgão como um todo.
Os exames servem para o médico diagnosticar a doença, porém o tratamento deve ir na causa, para que alterações sejam de fato restauradas.
As alterações nos anticorpos TPO e Tireoglobulina, aumento de prolactina e baixo cortisol já indicam tireoidite de Hashimoto. E quando os níveis hormonais estão assim: TSH aumentado e T4, T3 normais OU TSH aumentado e T4, T3 baixos OU TSH, T4 e T3 normais, já indica um hipotireoidismo subclínico. Metade ou 75% dos que tem anticorpos positivos tem a função grandular normal; 25 a 50% tem hipotireoidismo subclínico; Somente 5 a 10% tem hipotireoidismo clínico instalado.
Exames solicitados para acompanhamento:
- Anti TPO e anti tireoglobulina
- TSH, T4 e T3
- Prolactina
- Cortisol
- Coprológico funcional
- Teste urinário para permeabilidade de lactulol e manitol
- Hipersensibilidade alimentar IgG
- Vitamina D3
- Retinol
- Hemoglobina e ferritina
- Zinco
- Selênio
- Tireoglobulina
- Excreção urinária de Iodo
- Metais tóxicos
- Cobre
- Manganês
- Paratormônio
- Cálcio iônico
- Magnésio
- Relação cálcio e creatinina urinários
- Vitamina B12 e B9
- Homocisteína
- pH urinário
Após observado os exames, vamos para o possível tratamento:
- Em 90 a 95% dos casos pode atuar mexendo nas causas, nas bases:
Ø Retirada de metal tóxico, agrotóxicos; alergias alimentares; disbiose intestinal.
Manter níveis ótimos de:
Ø Minerais: Selênio; Zinco; Ferro; Iodo; Magnésio
Ø Vitaminas: Vitamina A; Vitamina C; Vitamina B2
Ø Aminoácidos: Tirosina; Arginina; Glutamina; Triptofano
Ø Antioxidantes
Ø Ômega 3
Além de:
Ø Dieta alcalinizante
Ø Hipoalergênica
Transformando tudo isso em alimentos:
Ø Oleaginosas: castanha do Brasil; amêndoas
Ø Proteína animal: carne bovina; sardinha; alimentos de origem marinha; ovos
Ø Sementes: linhaça; chia; de abóbora; gergelim; girassol
Ø Vegetais: verdes escuros; quiabo; abacate; caju; banana; uva; laranja; mamão; abóbora; ora-pro-nobis; cenoura; batata-doce; manga; melão; caqui; acerola; limão; morango; brócolis; couve; tomate
Ø cereais integrais; leguminosas
Ø Gorduras: manteiga; óleo de peixe
Ø Antioxidantes: frutas vermelhas; gengibre; vitamina C; cúrcuma; salvia; azeite de oliva; alho; coentro; alcachofra (remove metais pesados); própolis
Ø Chás: cavalinha, espinheira santa, hortelã, folha de oliveira, erva doce, romã, alecrim, dente de leão
O que evitar:
- chá verde (pela quantidade de flúor-compete com iodo);
- Sucralose (cloro);
- Soja;
- Glúten;
- Lácteos;
- Dente de amálgama e tatuagem vermelha (tinta com mercúrio);
- Gorduras inflamatórias (saturada em excesso e trans);
- Gordura hidrogenada.