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Autismo: Como a nutrição pode ajudar o paciente autista
Como a nutrição pode ajudar no paciente com espectro autista
Bom, entendemos que é uma doença genética, porém para que esse gene manifeste sua alteração são necessários alguns fatores. Um dos principais fatores são alterações gastro-intestinais e do sistema imune.
A medicina ainda não tem um consenso sobre a melhor forma de tratamento para o autismo, enquanto isso reunimos o que temos de melhor para a saúde mental dos indivíduos e seguimos melhorando a vida das pessoas, dando mais qualidade de vida.
O que é autismo?
Autismo é um distúrbio neurológico sistêmico com determinação genética, mas que precisa de uma grande influência dos contribuintes ambientais para manifestar.
Sua manifestação possui um repertório marcante, restrito de atividades e interesses.
Há um grande prejuízo na interação social e na comunicação. Porém vale dizer que as manifestações variam imensamente, pois depende do nível de desenvolvimento e idade do indivíduo.
O diagnóstico é feito pelo relato do comportamento, pois há dificuldade em identificar com exames, até mesmo pelos testes genéticos.
Há alguns anos ele era considerado raro, acometendo de 3 a 4 pessoas para cada 10 mil pessoas. Hoje essa proporção diminuiu, podendo acometer 1 a cada 166 pessoas. A prevalência é maior em meninos, sendo 4 meninos para cada menina.
Fatores que podem influenciar os genes:
1. Durante a gestação: a maior chance de desenvolvimento acontece nos 3 primeiros meses de gestação
- Infecções virais: citomegalovirus, rubéola
- Asma, aparecimento de alergias
- Presença de tiroidite de Hashimoto ou insuficiência tireoidiana
- Presença de metais tóxicos, seja por consumo ou por contato
- Uso de medicamentos: talidomida (ansiedade e insônia); misoprostol (contrações uterinas, abortivo); ácido valpróico (bipolaridade, epilepsia, alterações de humor)
- Uso de álcool, cigarro, cocaína
- Consumo de chumbo, mercúrio, clorpirifós (pesticida permitido na lavoura)
- Idade avançada da mãe
2. Individuais
- Alergias alimentares tardias
- Problemas gastrointestinais
- Disbiose intestinal (hiperpermeabilidade intestinal e inflamação da porção íleo)
- Menor capacidade de detoxificação hepática
- Má nutrição
3. Contaminantes ambientais:
- Diclorometano – usado para descafeinar o café, em aerossóis
- Quinolina – da cor do amarelo ao marrom para têxtil e alimentos
- Estireno – presente no isopor, plástico, borracha
- Organosulfurados - pesticidas usados no tomate, mamão, alface, cenoura, pimentão ...
4. Poluentes do ar:
- Mercúrio – termômetro, petróleo, carvão mineral, amalgama de dentes
- Cádmio – fumaça do cigarro, fumaça dos carros, soldas, baterias
- Níquel – baterias, fabricação do aço inoxidável, moedas, fundição
- Tricloroetileno – solvente de gorduras, óleos e cera
- Cloreto de vinila – resina para fabricação de plásticos (PVC)
Sintomas
- Déficit cognitivo
- Dificuldade na comunicação social
- Déficit na linguagem
- Comorbidades (doenças associadas)
- Comportamentos restritos e/ou repetitivos
- Ansiedade
- TDAH (transtorno de déficit de atenção e hiperatividade)
Como controlar:
- Suplementação de vitaminas e minerais no pré natal
- Tratar a disbiose intestinal – alteração da microbiota
- Identificar e remover as alergias alimentares
- Diminuir processos inflamatórios: consumir açafrão
- Evitar gatilhos de estresse
- Retirar o consumo de glúten e laticínios
- Consumo de vitaminas do complexo B, principalmente ácido fólico, que poderá ser suplementada
- Consumo de glutationa
- Consumo de glicina, isoleucina, fenilalanina, tirosina, cisteína
- Suplementação de vitamina D
- Exposição ao sol
- Consumo de ômega 3
- Consumo de zinco, triptofano, magnésio, biotina, carotenóides, vitamina E, cálcio, taurina
- Reduzir consumo de ômega 6, presente nos óleos vegetais como: soja, canola, milho
- Reduzir o consumo de glutamato: shoyu, salgadinhos industrializados
Assim como, é muito importante não ser hostil com a pessoa, fazer sempre o reforço positivo e tratar com muito carinho, mesmo em momentos de crise.
Sabe-se que mães de crianças autistas possuem menos conhecimento sobre contaminantes ambientais quando comparadas às mães de crianças não autistas, sendo assim, elas acabam se expondo mais a esses contaminantes, por isso a importância de divulgarmos e falarmos sobre isso.
Também é sabido que os genes não estão sofrendo mutações para justificarem o aumento dos casos de pessoas autistas, então podemos dizer que pessoas doentes veem de um planeta doente e o planeta está adoecendo por culpa de seus habitantes. Precisamos fazer nossa parte para revertermos isso!