Não é considerada uma doença contagiosa; não tem cura, mas tem tratamento! 

Depois do tratamento é preciso manter o controle. E é possível. A alimentação ajuda a manter o controle de forma efetiva e deixar a doença em silêncio.

O estresse e a queda da imunidade são as maneiras mais comprovadas de seu retorno.

Para que a doença se manifeste é preciso ter alteração genética (genes alterados) + ambiente + dieta inflamatória. Só a presença genética não é determinante.

A psoríase se caracteriza por uma proliferação do epitélio (pele) de forma desordenada. É como se o corpo produzisse pele o tempo todo em grande quantidade. Um crescimento normal vai de 21 à 28 dias, quando há a doença essa proliferação vai de 2 à 6 dias, o que mantém essa região inflamada.



A maior dificuldade em lidar com a doença está na estética (preconceitos, a pesar de não ser contagiosa), em alguns casos também há dor associada. A prevalência é igual para homens e mulheres, porém as mulheres são as que mais procuram ajuda.

A psoríase é comum em mulheres de pele branca. Em pessoas negras, índias e asiáticas é mais raro. A idade mais comum está entre 20 e 30 anos e 50 e 60 anos.

É mais comum acometer pernas, braços e couro cabeludo. 

Temos 8 tipos, são eles:

·         Vulgar – presente nos membros, na forma de placas vermelha e branca

·         Guttata – presente no tronco, na forma de gotas

·         Invertida – presente nas dobras, de forma áspera

·         Palmo – plantar – presente nas palmas das mãos e plantas dos pés

·         Eritrodérmica – presente no corpo todo, mais avermelhadas e em grandes regiões

·         Artropática – presente nas articulações, apresenta também edemas

·         Ungueal – presente nas unhas

·         Pustulosa – presente nos pés e mãos, com pus

Como tratar e controlar a Psoríase? 

Quando há obesidade há maior chance de desenvolver Síndrome Metabólica, quando há a presença da psoríase há maior chance de obesidade devido ao processo inflamatório. A Síndrome metabólica é um conjunto de fatores de risco metabólico que se manifestam e aumentam as chances de desenvolver doenças como: derrame, hipertensão, resistência à insulina, diabetes melitus, dislipidemias, problemas cardíacos, aterosclerose.

Por isso é muito importante:

• Tratar a obesidade, para que não haja a síndrome metabólica. Uma das formas mais estudadas no tratamento da psoríase é manter uma dieta com redução calórica e fazer o controle de peso.
• Manter a hidratação, beber muita água.
• Controlar a ansiedade e o estresse.
• Melhorar o funcionamento do intestino.
• Atividade física moderada.
• Sono reparador.

Também é preciso evitar o consumo de:

• Carne vermelha, devido ao confinamento do animal
• Farinha de trigo
• Leite e derivados
• Evitar consumo excessivo de AGEs (produtos finais da glicação avançada): alimentos “torrados”, churrasco
• Carboidratos refinados: farinha brancas, polvilho, tapioca, açúcar
• Óleos vegetais como: soja, girassol, canola, milho, algodão
• Alimentos industrializados
• Diminuir xenobióticos: bisfenol, corantes, conservantes
• Evitar excesso de gorduras saturadas
• Feijões, ervilhas, tomate, berinjela, soja, clara do ovo – quando o processo inflamatório estiver muito grave

E para ajudar de forma efetiva deve incluir:

•   alimentos de baixo índice glicêmico
•   alimentos naturais
•   melhorar a qualidade dos macronutrientes (carboidrato, proteína, gorduras)
•   ômega 3
•   fibras: alimentos crus, integrais, cereais
•   flavonoides
•   carotenoides
•   epigalocatequinas
•   antocianinas
•   vitaminas A, D, E, K, B9
•   minerais: Ferro, Cobre, Zinco, Selênio
•   muita hidratação: beber água !!!
•   tomar sol !!!

Estudos mostram que a dieta do mediterrâneo é uma das melhores dietas para controlar quando há a doença. Também é indicado que se consuma 70% de alimentos naturais e apenas 30% de alimentos industrializados.

Para auxiliar na ansiedade:

•   erva cidreira

Transformando nossa conversa em alimentos:

•   cenoura, abóbora, beterraba, mamão, manga
•   morango, kiwi, laranja, limão
•   chá verde, cacau
•   semente de girassol, espinafre, amêndoas
•   cereais, peixes, ovos, castanha do para, sardinha
•   fígado, frutos do mar, alimentos integrais
•   iogurte natural, aveia em flocos, grão de bico
•   maçã, amora, tomate, uva, romã
•   repolho roxo, jabuticaba, mirtilo, açaí
•   morango, framboesa, amora
•   abacate, azeite extra virgem

O acompanhamento é manter o tratamento nutricional, avaliar exames de sangue para corrigir possíveis deficiências e manter a composição do corpo adequada através da alimentação.